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domingo, 26 de novembro de 2023

"SEMANA DA CONSCIENCIA NEGRA" 2023.

 

Diácono. A propósito da comemoração da “Semana da Consciência Negra” em Morretes conforme programação, o que o sr. teria a dizer com relação a participação de católicos?

Resposta. Li na programação que terminará hoje, 26 de novembro, com naturalidade. Resulta da Lei Municipal 588/2020 que tem por objetivo discussões e debates nas Escolas Públicas Municipais, incluindo ainda, na disciplina de História, o ensino relativo ao estudo da Raça Negra na formação sociocultural brasileira, visando à superação dos preconceitos e discriminações raciais, existentes na sociedade”. Como se vê tem uma motivação cívica e cultural, nada ligada às religiões afro-brasileiras, visto que nem todos os negros seguem essas crenças.

É compreensível, assim, que adeptos promovam na oportunidade seus rituais como parte das comemorações, e sua pergunta volta-se mais para à participação religiosa.   

Pois bem. Devemos considerar a diversidade de crença. Embora não nos afinemos por coerência com umbanda, quimbanda e seitas interligadas, acho que eles tem todo o direito e liberdade de se manifestar e celebrar nessa data, assim como os cristãos católicos podiam também comemorar a data dos nossos irmãos negros com Missas, SEM SINCRETISMO RELIGIOSO.  O que não deve acontecer é que cristão católico compartilhe e se envolva ritualmente falando, como disse atrás, por coerência de fé e incompatibilidade doutrinária. Como está em AP 3,15-16: “Conheço as tuas obras: não és nem frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Mas, como és morno, nem frio nem quente, vou vomitar-te”. Quanto ao mais, seguir em frente respeitosamente e fraternalmente.

sábado, 11 de junho de 2022

 

O PAPA E A PROPRIEDADE PRIVADA

 Boa noite. Estou repassando algumas mensagens que recebi de amigos, dias trás.  Esta achei interessante e merecedora do meu comentário -  padrão para todos -  com crítica ao Papa sobre propriedade. Dá para notar que o comentarista do vídeo pinçou algumas palavras ou textos que lhes pareceu conveniente. Li e entendi as mensagens do Papa na integra e não achei comprometedora sobre o assunto que agora transmito. Abraços.

 Pois é!

Tudo por que o Papa teria se referido à propriedade privada como um direito fundamental ao que chamou de “direito secundário”, colocando-a subordinadamente ao direito universal do uso dos bens “direito primário”. Disse que todos tem direito de usa-los.

Essa declaração foi dada pelo Papa no dia 17 de junho de 2021 em mensagem enviada à Organização Internacional do Trabalho, à OIT, órgão da Organização das Nações Unidas, em sua reunião anual.

Entendendo a mensagem do Papa:

Retrocedendo à criação do mundo encontramos em Gn 1, 26-30 que Deus confiou aos homens o reinado de tudo o que Ele criou, inclusive a TERRA. Então temos que a terra é um bem universal colocado por Deus à disposição de todos os homens. Logo, o Papa está certo quando fala em direito primário.

Na medida em que o homem passou a cuidar desses bens, por uma questão natural e convívio em grupos (primeiras comunidades) o instinto de “dono” já despertava entre eles desde a antiguidade.

Essa ideia de propriedade nós já a encontramos no Antigo Testamento desde Adão e Eva assim chamados os primeiros seres humanos brindados que foram com toda a criação como utilidade e meio de sobrevivência. Dentre os Mandamentos da Lei de Deus a proibição de “não furtar”, de cobiçar tudo o que pertence aos outros, já indica que devia existir alguma coisa de propriedade de alguém. Também em At 5,1.  Logo o Papa está certo quando fala em direito secundário.

Esses direitos chegaram até nós pelas leis divinas e leis humanas.

A Constituição Federal garante no artigo 5º o direito à propriedade. Todos sabem disso. E o Papa também com maior sabedoria cristã.

Humanamente falando não costumamos assimilar no dia a dia o chamado “direito primário”, porém, mesmo assim a CF e Leis inspiradas em princípios religiosos cristãos garantem a destinação social dos bens (no caso, da terra) por expropriação remunerada mediante necessidade comprovada.

Essa garantia é preceito democrático respeitando o estado de direito dos indivíduos. Não é comunismo onde as propriedades são APROPRIADAS[1] abruptamente pelo Estado sem nenhuma indenização.

O Papa sabe de tudo isso. Portanto sua fala não o compromete com comunismo ou socialismo nem o seu Pontificado. O que ele quis dizer é que o homem não deve se apegar aos bens materiais gananciosamente, supérfluos, sem que tenha a mínima preocupação com os mais necessitados. A bíblia ensina isso.

Mt 6, : “19Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e as traças corroem, onde os ladrões furtam e roubam.20Ajuntai para vós tesouros no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não furtam nem roubam”.

Destarte, todos tem o direito de usar a propriedade. Nesse prisma é um direito secundário que nasce do direito universal (primário) do uso dos bens que vieram do Criador.

O jornalista vê no texto algo terrível e blasfema raivosamente contra o Papa. De cara, o comentário deixa de merecer credibilidade por evidente parcialidade e ódio contra o Papa e quiçá contra a Igreja. Vomita ofensas chamando-o de comunista, anticristo, defensor dos cubanos, Venezuelanos etc. Nada disso encontrei no texto do discurso do Papa em comento.

Um homem de Deus como o Papa que ocupa o lugar de Pedro, chefe universal da Igreja Católica, que celebra a Santa Missa, que por suas mãos assim como de todos os sacerdotes católicos Jesus torna-se presente na Eucaristia (transubstanciação), não dá para imaginá-lo compactuando com o comunismo ou socialismo político inimigos da doutrina cristã.   

Ademais, saibam que certas opiniões pessoais do Papa eventualmente expostas, e que não sejam proferidas ex cathedra sobre moral e fé, não obriga os católicos e não alcança outras religiões ou pessoas não religiosas.

O cristão católico é livre para fazer suas críticas até ao próprio clero quando erra e fere o Evangelho, e a se opor a regimes políticos e a tudo o mais que agrida a família, a fé e a moral cristã, porém respaldado na verdade refletida sem se deixar levar por impulsos que possam trazer consequências desastrosas, e não esquecer o significado que o Papa tem para a Igreja de Jesus. Não existe Igreja cristã sem Jesus e sem o Papa aqui na terra a quem o Mestre credenciou: “Sobre esta pedra edificarei na MINHA Igreja”. Tenhamos então cuidado como católicos para evitar que, em sentido inverso ao da doutrina crista católica e pelo mau testemunho levemos a nós mesmos e aos outros a perder a crença no Evangelho e na religião que professamos.

 Paz de Cristo.



[1] Tornar seu uma coisa alheia

 

 

domingo, 5 de junho de 2022

PENTECOSTES – 05.06.2022  Ano C

At 2,1-11; Jo 20,19-23

 

Dc Narelvi

                Hoje é dia de cantar “Parabéns a Você” à Igreja Católica, Apostólica, Romana.

         Foi lá, naquele dia de DOMINGO, em que se cumpriu a promessa de Jesus da vinda do Espírito Santo que nasceu oficialmente a Igreja fundada por Jesus.

        Deus criou tudo, Jesus veio trazer a Salvação e os homens chamados disseram sim e juntaram-se a Ele. Os apóstolos tinham um chefe, Pedro. Estava formada a Igreja. Faltava descer sobre ela o Espírito Santo.

         Da ressurreição até a Ascensão de Jesus, quarenta dias. Mais dez de retiro no cenáculo até a descida do Espírito Santo, igual a cinquenta dias. Daí o termo Pentecostes que é de origem grega, e o significado é quinquagésimo, ou cinquenta dias.

         Obedientes e confiantes, depois que Jesus subiu ao Céu, os Apóstolos e também Maria permaneceram no cenáculo, fechados e com medo dos judeus, mas em oração como crentes sinceros dessa nova Igreja que se formava. Nove dias e noites, e no décimo dia o prometido Espírito Santo desce sobre todos eles e em Maria também. Alegria! Alegria!

         Aí, então, acontece o encorajamento dos apóstolos e discípulos que após um barulho vindo do céu como se fosse uma forte ventania encheu o cenáculo e línguas de fogo pousaram sobre cada um deles. Era o sinal do Espírito Santo. Desapareceram os medos. Saíram e foram proclamar o Reino sem receio algum. Muitos dos que estavam em Jerusalém foram atraídos pelo barulho e uniram-se aos missionários do Espírito Santo e mesmo sendo os ouvintes pessoas de diversas regiões falando línguas diferentes, entendiam perfeitamente as mensagens dos corajosos e fiéis apóstolos. E maravilhados começaram a formar a primeira comunidade da Igreja Cristã que veio a ser chamada de Católica, Apostólica, Romana séculos depois, onde, até hoje ecoam as Palavras de Jesus: "A paz esteja convosco"; "A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio"; “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos". (At 2,1-11; Jo 20,19-23).